segunda-feira, 23 de julho de 2012

MISTRAL



MISTRAL

quando aparecia o mistral

as aves acolhiam-se aos beirais

da minha fantasia, faziam ninhos

e, desveladas, cuidavam das crias

que nasciam, sonhadas e bravias


amainava o vento e o alado corpo

regressava sibilino, atento e delicado,

próprio da brisa ou da leveza do linho,

ao pôr de sol em que se anuncia

nos seus olhos húmidos

a luz do dia.




arlindo mota

foto: apm

4 comentários:

Filipe Campos Melo disse...

Um belo poema marcado por uma bela fonia

Bom rever tua escrita

Abraço

arfemo disse...

Grato pela visita companheiro e pelas palavras de estímulo

abraço

Por Amor disse...

Belíssimas palavras reunidas num perfeita e harmônica leveza !!! parabéns Companheiro . Com Carinho Pedro Pugliese

arfemo disse...

As palavras que semeamos ao vento (mistral ou outro) ainda colhem leitores atentos e generosos. Bem haja Pedro Pugliese