segunda-feira, 2 de agosto de 2010
O CUME
O CUME
subiu a encosta e a cada curva saudavam-na
jasmins e sardoeiras até ao cume, ponto mais alto
onde o rosto se abre, manhã clara, em pleno
espanto
fora assim, de encosta em encosta, de cume em cume,
que acabara o dia,
no aconchego do teu corpo, abóbada celeste, e o lume
paradoxo da geometria
e seu encanto
arlindo mota
foto:arlindo pato mota
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8 comentários:
O Cume, uma homenagem e uma declaração para não restar nenhuma dúvida do quanto a própria natureza se curva à beleza da musa, da admiração...
férias,ausências, intermitências e eis alguém atento, lendo, comentando...grato pelo seguimento e interpretação (e BOAS FÉRIAS!)
belo poema, a musicalidade e o sentido de sempre...
gostei particularmente da imagem do "lume" e sua dificuldade em contornar a sua forma
j.
A natureza a dar vida aos versos,
lá onde se pega num papel e se escreve, com todos os sentidos despertos, rendidos ao fascínio
do que os nossos olhos vêem.
beijo da amiga
natalia
à Joana,
a tua sensibilidade e amizade lendo um poema que teima em recorrer a formas que a poesia lírica portuguesa se filia. bj
à Natália,
bom tê-la por cá, agora que vou teimando em manter o blog com uma actualização semanal (e deixar que o Verão...e a poeira, que causa alergias, passe...antes de regressar a outros sítios, se a isso houver lugar)
beijo, do amigo "para todas as estações"
Arlindo,
"a seda das palavras" trouxe-me até o ponto onde culmina a poesia- a boa poesia. Estou agora entre os teus seguidores.
Um abraço
Um leitor é um leitor, a mais fiável medida da razão de quem escreve...se o leitor é um confrade nas letras (mesmo que modesto - de mim falo)a porta ainda fica mais escancarada. Bem-vinda pois a esta poesia "fora de moda"que não fora do tempo.
obrigado e um abraço
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