Os rostos emergem em contraluz, enquanto
as mãos vão desenhando mecânicos movimentos,
aprendidos numa vida inteira de labuta.
As palavras, instigadas pela maresia,
soltam-se fluidas, ávidas de colheita de
ouvinte atento, adornadas de metáforas que
a memória ternamente fixara.
São assim - Cibele - os pescadores: faunos rodeados
de medusas e um mar imenso a navegar.
Poema: apm
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
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4 comentários:
Estava a ler este poema e acudiu-me à ideia o mar de Sesimbra. E os pescadores em terra, a vaguearem por ali à espera que o mar acalme.
Arlindo
... de tão poético, quase parecem pescadores d'almas.
Muito bonito.
bom fim-de-semana
(as melhoras)
um abraço e um sorriso :)
mariam
Madalena,
Acertou em cheio, como alías se poderia depreender de uma nota que lhe deixei a um outro comentário seu. Intuição e sensibilidade da (re)descoberta...
arlindo mota
mariam,
são pescadores mesmo, de carne e osso e sonho, apesar do "genocídio" dos nossos pescadores premeditado pela nossa política europeia.
novos posts aguardam-se mas sobretudo o que se tece em suaves fios de seda da amizade.
bom fim-de-semana
arlindo
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