Largámos barlavento, entre o calor
e o vento de feição, que as marés vivas
caucionavam. Chegara, enfim, o Verão.
Rompemos porto dentro, em enseada
amena, e um Outono de monção
inundou de alegria o perfume da
vida, céleres no inesperado da mudança
de rota, impávidos face à junção
de ventos contrários.
Quantas pérolas, Cibele, é necessário
juntar para conceber o sonho e
partilhar a luz, que o sol refracta
no arco-íris dos teus olhos húmidos?
Foto e poema: apm
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
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6 comentários:
Arlindo,
belíssimos os poemas, lindas as fotografias ...
são de seda as palavras... e estou a gostar muito de "Cibele" ...
um abraço e um sorriso :)
mariam
palavras na rota da seda.
imagens na rota do olhar.
mariam,
obrigado pela sua disponibilidade. Quanto às palavras: dos poemas não falo porque sei "o perfume agreste que (me) despertam"; mas as fotografias são o que são, amadoras (no mau sentido...)
Estou conte por estar a descobrir a Cibele: É boa companhia.
Um abraço
arlindo mota
Salvé!
Antecipou-se Arlindo!
Eu viria aqui, porque a seda que se desfia por entre os dedos, são do mesmo produto de que é feito o seu sentir, afinal!
Pensei, e segundo a sua estreia deixando "impressões quase digitais" lá no meu espaço, justificando veladamente a linha que nos separa...talvez distante - ou talvez não - mas a sensação que fiquei, era de quase de despedida. Afinal enganei-me. Surpreendi-me de facto, ao "vê-lo" de novo! - a "energia" tem destas coisas...afinal somos todos feitos dessa "massa" como referi naquele post,não?!
Mas antecipou-se...pois a minha intenção seria vir aqui desafiá-lo a receber a sua "menção honrosa" e não "inventada" pela cortesia da 1ª presença após o meu comentário aqui.
Encantei-me com o "poeminha" escrito a preceito por quem é perito a manusear palavras trazidas do coração.
Pensei que a "Cibele" fosse de carne e osso e muito próxima até - não me diga que me enganei de novo...
Sabe? sempre foi difícil para mim, desde cedo, entrar em realidades paralelas...ou seja: sempre vivi num só patamar...onde o real e a ficção são um só...nunca consigo distinguir onde acaba uma e começa a outra...o meu lado infantil inventa, imagina,cria, renova-se e o de mulher, sustenta tudo isso com alguma sensatez,amadurecimento,atenção e cuidado...para não me magoar muito. Acredito portanto, em tudo o que me dizem ou escrevem...não tenho fronteiras e o que é sentido, é intuído. E isto se calhar deve-se por trazer de outras vivências o registo: "Assim em Cima, assim em baixo"!
Pronto...já falei demais....
Fique bem
E..não saia da seda! ou sequer a substitua por produtos similares que "parecem"...mas "não são"!
Bem Haja
MAriz
peço desculpa pela ausência de síntese!
Mariz
ESPAVO! - como em MU
Salvé Mariz,
Sobre ficção e realidade (na escrita), estou com um excelente companheiro e excepcional filósofo ainda não amplamente reconhecido (José Barata-Moura)quando diz, no prefácio de um próximo livro meu. que a "ficção começa por se instalar sempre dentro do real". Cibele aí começou, mas emancipou-se, como irá percebendo. se tiver a paciência de me ir seguindo.
Menos literário, sinto-me feliz por a Mariz estar feliz...e nunca fala demais. O poeminha é prenda minha, pouca mas sincera.
Um abraço. Até breve.
Arlindo Mota "A SEDA DAS PALAVRAS"
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