domingo, 9 de outubro de 2011

OUTONO

























O tempo era a monótona cidadela

de um Outono. Lentamente, as

folhas emudeceram e se colaram,

secamente, uma a uma.



arlindo mota


foto: Cília Costa

6 comentários:

Canto da Boca disse...

Arlindo, já chegou com a discórdia na ponta da língua, ou melhor dos dedos. Permita-me por favor, porque sendo o outono a minha estação preferida, não consigo ver monotonia em nenhuma cidade que se veste com as cores e os sentimentos outonais. Mesmo as folhas secas e mudas, sabem, e é da sua natureza cair, calar, morrer para que a vida surja outra vez, novamente, na estação seguinte...
Embora sendo a voz discordante, não posso deixo de dizer o quão belo é o seu poema. Tanto quanto a imagem que me dá a sensação de ninho...

Abraço!

;)

arfemo disse...

Liberdades poéticas ou pedaços de alma instântaneos por fotografar...

Captando carinhosamente as folhas caídas juntadas pelo vento ou mão do homem a foto revela o carinho da fotógrafa por algo que passou a ser significante...

abraço

Gisa disse...

Quem sabe, uma cidadela protegida contra a aridez do inverno.
Um grande bj querido amigo

Artes e escritas disse...

A folhas se protegem mutuamente, ainda que secas. Um abraço, Yayá.

arfemo disse...

Olá Gisa e Artes e escritas,

...bom que o poeminha vos tenha motivado a acrescentar sábias e diferentes reflexões sobre "os outonos" das vidas...

abraço!
:)

OUTONO disse...

...eu OUTONO me confesso, no meio Outonal do meu encanto.

Adoro estes recantos, onde o estalar da secura das folhas, é a moldura ideal dos meus silêncios.

Um abraço!