quarta-feira, 13 de julho de 2011
POETA DO MÊS: ANTÓNIO OSÓRIO
Retrato do Autor
Aguarela de Mário Botas
26/12/1982
Quando sinto de noite
o teu calor dormente
e devagar
para que não despertes
digo: cedro azul,
terra vegetal,
ou só
amor, amor;
quando te acaricio
e devagar
para que não despertes
tomo na mão direita
as duas fontes, iguais, da vida,
procuro a nescente
e adormeço
nela essa mão depositando.
António Osório
(Nascido em Setúbal em 1933, António Osório é um dos mais notáveis poetas portugueses vivos. Advogado foi um prestigiado bastonário. Poeta tem uma obra cada vez mais reconhecida pela crítica, apesar do perfil discreto de que faz gala. Com a devida vénia seleccionámos um poema que aqui reproduzimos do seu livro O LUGAR DO AMOR, editado pelo Círculo de Poesia, da Moraes Editores, em 1985.)
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1 comentário:
...conheço mal a obra deste poeta mas tenho as melhores referências dele. Este poema é uma pérola de delicadeza e sensualidade...
bom trazê-lo à seda das palavras
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