quinta-feira, 25 de março de 2010
CANTO VIAJEIRO
VIAGEM: PREPARAÇÃO
Foi no tojo das palavras,
no rigor da intenção,
que rebentei as amarras,
penetrando no que são.
Cortei as asas do tempo,
perfumei o meu olhar,
e adormeci ao relento,
sem ter pressa de acordar.
NAVEGANDO
Como um vulgar marinheiro,
inventei-me num porão,
percorrendo o mundo inteiro.
Os portos foram surgindo,
mas nem por isso mais perto
me encontrei do destino,
como se fosse sumindo.
Percorri tudo, se é tudo
o que posso imaginar,
descobri novas paragens,
por cada nesga do mar,
viajei por latitudes,
ainda por localizar.
NO FIO DO HORIZONTE
Dobrei o cabo da esperança,
fundei o meu universo,
temi o vento e a bonança.
Não fui quixote, nem pança,
para tal, faltou-me o jeito.
Por fim, sentei-me num canto
- entre rio e outro rio,
entre mar e outro mar -
cansado de correr tanto,
indeciso no lugar,
aí fiquei até hoje.
FOTOS E POEMAS: arlindo pato mota
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1 comentário:
Mas, com a sua presença, esse canto foi(vai)-se alargando sem parar...
Bela esta 'viagem'.
um sorriso :)
mariam
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