Quando a viagem é meia, já tornada,
Impelida pelo vento ou ressentida
Da calmaria ou sede de viver,
Por vezes reaparece a maresia
E tudo pode ainda acontecer:
O perfume agreste, a malvasia,
Ou a loucura de ver nascer o dia
De quem passa o dia sem o ver.
E onde está o Homem está o sonho,
Nem que seja um filho por nascer.
Poema: apm
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2 comentários:
Arlindo,
este poema é fantástico.. fala da vida, seus paradoxos, incertezas mas também muita esperança, a capacidade de sonhar, do pé na terra e outro na lua... assim o vejo . gostei muito.
Boa Páscoa!
um abraço e o meu sorriso amigo :)
mariam
li também os infra, e adorei! como sempre. (já estava com saudades de 'Cibele' :) Das imagens também gostei muito!
A poesia tem destas coisas. Em livro, deixamo-lo na mesa de cabeceira e vamos lendo à noite, um, dois, três numa noite, noutra mais ensonada apenas umas linhas, marcamos a página, retomamos amanhã. É um companheiro. Aqui na blogosfera, sendo diferente, é quase a mesma coisa. Escolhemos uns quantos blogs, os que mais gostamos, seguimo-los e, todos os dias passamos por cá, para ver as novidades. Às vezes lemos um ou dois, outras vezes está o mesmo durante muito tempo. E depois, um dia, aparece um que nos enche particularmente as medidas, de que gostamos muito. Sentimo-nos compelidos a manifestar esse prazer obtido na leitura.Este "Meia Jornada" é um desses casos. Gostei particularmente.
Aproveito para desejar Boa Páscoa.
Um abraço.
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