João Villaret deixou-nos, subitamente,num mês de Janeiro ainda eu não era gente. Recordo-me do meu avô falar-me com entusiasmo do público que enchia os teatros para ouvir aquele homem grande, grande, cuja voz ecoava, ora declamando, ora sussurrando poemas de grandes autores, pois que fora dotado de uma voz e um talento que captava multidões.
Recordo também das sessões que, anos mais tarde,se realizaram no cinema São Jorge, à hora do almoço(custavam vinte e cinco tostões, se não me falha a memória)de evocação de João Villaret, impensáveis nestes tempos de hoje: um palco enorme, uma cadeira vazia, um holofote sobre essa mesma cadeira e um magnífico, para a época, som, gentilmente cedido pela Philips. Só...e a sua voz gravada em vinil, na maior parte dos seus espectáculos no São Luiz. Quarenta minutos mágicos, fruidos em profundo silêncio naquela plateia imensa do São Jorge. "Menino e moço" aprendi a amar a poesia. Sempre, para sempre...
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
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1 comentário:
Arlindo,
bela homenagem ao Grande JoãoVillaret.
adorei este post, tão poeticamente sentido!
obrigada p'la partilha.
resto de boa semana
um abraço e um sorriso :)
mariam
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