terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

SOFIA

1.
À medida que o tempo humedecia,

crescia entre a areia do pecado,

cálida na substância e na idade.

Fez-se mulher: sumo de romã

em taça fria.


2.
Sacudiu graciosamente os ombros,

abotuou, lasciva, o último botão,

pegou na sacola, cingiu o corpete,

e partiu naquele dia, como nos demais,

mas jamais apareceria,

Sofia.




Poema: apm

1 comentário:

sofia b. disse...

belo poema. não tem nada a ver comigo, pois não? (estou a brincar...)

aquela escultura de José Aurélio está em almada, certo?

aposto que vai assistir ao concerto da Bethânia...

continue a tecer.