Atónita, a gaivota suspende subitamente
o voo e plana, absorta, indiferente à
crecente velocidade do vento, à algazarra
das vagas, aos gritos das crias.
O seu olhar circunscreve-se a pequeno
ponto perdido na imensidão do oceano,
mítico abrigo de sereias e duendes,
sonhado lugar de exílio.
A gaivota descobrira, por fim, reflectido
no ventre das ondas, sob a forma de
uma vieira incólume ao ritmo das marés,
o inesperado do desejo e da afeição.
Foto e poema: apm
quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
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