quinta-feira, 8 de setembro de 2011
DÁDIVA DIVINA
Cibele obstinada, tensa
ia recriando a obra divina
pelo seu ventre escorria
fogo e mel
como se fosse um favo
ou lava de vulcão
assim decorreu o tempo
afeiçoando nas mãos
o seu sonho de eterna glória
Adão e Eva, milagre da criação,
que se fundia finalmente nela
arlindo mota
Foto: apm de uma pintura pública
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7 comentários:
A Cibele, a responsabilidade de um destino: o 'ciclo de vida-morte-renascimento'; deusa-mãe; a terra, esse ventre que fertiliza, gesta, guarda e finalmente permite o nascimento... A explosão do fogo, e a doçura do mel, ciclos que se completam.
Poema cheio de subjetividades, Arlindo, o que já faz parte da sua obra. Ao mesmo tempo que insinua, disfarça e deixa o leitor à vontade para diversas interpretações. Em mim provoca mergulhos abissais.
Abraço!
A intersubjectividade não desejada mas inevitável. Excelente as suas análises, com as quais aprendo bastante!
Abraço
...mais um poema de cibele, deleite para os sentidos, nos sentidos que ele tem...bjs
Olá Arlindo, é a primeira vez que visito seu blog. Seu estilo de escrita é encantador e reflexivo. Vejo que admira relógios. Meu bisavô italiano consertava relógios e possuía uma coleção deles. Senti saudades, agora. Parabéns por tudo! Até mais ler... Helen De Rose.
Cheguei ao seu blogue através do
do JoãoMestrePortugal e já me
registei.Tentarei vir mais vezes.
Um abraço
Para Helen De Rose
bem-vinda a este outro lado da blogoesfera. grato pelas palavras amáveis. os relógios são inexoráveis e ao mesmo tempo fascinantes, complexos para medir algo aparentemente simples...e depois alguns relógios públicos são verdadeiras obras de arte...
ab.
arlindo
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