domingo, 25 de abril de 2010
25 DE ABRIL: POEMA INCOMPLETO...
Gota a gota forjada Liberdade
Irrompeu pelas armas e a razão
Foi depois Maio a Maio confirmada
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arlindo mota
foto: Pedro Soares de estátua de Jorge Vieira
UM LIVRO É...
UM LIVRO…
é como uma pequena ilha
num imenso oceano
de páginas brancas,
e uma ilha, de perdida,
grávida,
tem de ter dores,
paridas,
para ser vida e
alma.
arlindo mota
Dia 24 de Abril, Dia Mundial do Livro, a Livraria Culsete organizou uma Tertúlia de Leitura, que contou com a presença de autores e leitores que leram excertos de obras, em ambiente de confraternização e amor pelo livro, durante mais de três horas. À Fátima e ao Manuel Medeiros, seus organizadores e anfitriões, a palavra justa de apreço.
domingo, 18 de abril de 2010
MITO PRIMORDIAL
BILHETE POSTAL - O CONVENTO DA ARRÁBIDA
Em plena e deslumbrante Serra da Arrábida, junto a Setúbal, debruçado sobre o Oceano Atlântico, o Conventinho, outrora (até há cerca de dúzia e meia de anos) pertencente à Casa dos Duques de Palmela, é hoje propriedade da Fundação Oriente, que aí organiza cursos e conferências, alguns em sistema residencial. Uma preciosidade no património nacional e mundial. Aí viveu o poeta e monge Frei Agostinho da Cruz.
segunda-feira, 12 de abril de 2010
DOLORES MARQUES: SUJEITO-ME...
SER SUJEITO
Que o Sujeito seja um nome,
Articulado e atento,
Ao desenrolar da vida
(Caprichosa, não cumprida,
Acidulada, vencida)
Predicativo é que não.
arlindo mota
SUJEITO-ME…
gosto de saber que me sujeito
deliberadamente,
sujeitando-me a ser um nome
no meio de tantos outros
em nome de algo que seja
a liberdade...
(Sou eu…sou assim na vontade)
Matilde D'Ônix
(Dolores Marques, que usa o pseudónimo de Matilde D'ônix, é uma poetisa de reconhecido talento e dotada de uma profunda cosmovisão que espelha bastas vezes, de forma apropriada, na sua poesia. "SUJEITO-ME", que assumidamente se inspirou no meu poema "SER SUJEITO", é uma forma muito pessoal da autora interagir com outros poetas. A sua presença no A Seda das Palavras - que dignifica, é também testemunho de amizade e de partilha.)
sábado, 10 de abril de 2010
PAI, PARA QUE QUERIAS QUE EU FOSSE AINDA MAIS FELIZ?
PAI, PARA QUE QUERIAS QUE EU FOSSE AINDA MAIS FELIZ?
Tag: quase pueril
Quando no duro empedrado de basalto inventávamos campos da bola onde disputávamos campeonatos intensos e eu aparecia todo esfolado mas não doía, tu ralhavas mas eu era feliz,
Quando a menina Júlia, que regressava de táxi todas as manhãs, ao sair do carro deixava entrever um pouco mais da branca pele por sob o rodado da saia, eu também não te dizia que estava lá à sua espera,
Da nossa vizinha, do andar de baixo, essa sabias, que me oferecia livros de que fiquei amigo para toda a vida: O "Sandokan" do Salgari, mas também o Júlio Dinis e Os meus Amores do Trindade Coelho, e tantos outros, de que jamais me desfiz,
Também te não falei da minha primeira namorada, que acompanhava à saída da escola todas as tardes, subindo as centenas de degraus, quase até sua casa, de mão dada, e de uma flor que, por timidez, nunca lhe dei,
Quando decidiste – eu crescera – mudar para um bairro novo de prédios grandes (mesmo que para isso labutasses noite e dia), onde se não podia jogar na rua e eu não conhecia ninguém, também não te disse como tanto gostava do bairro que acabara de deixar…
Pai, para que querias que eu fosse ainda mais feliz?
foto e texto:
arlindo pato mota
sábado, 3 de abril de 2010
ÁGUA-FORTE
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