domingo, 18 de setembro de 2011

PELA NORMA CONSENTIDO





Não é a simples presença

A razão que aqui me traz

Sem receber qualquer tença,

Mas esperança de encontrar

Lugar onde pontifique

Um poeta, mesmo alvar,

Em vez de Pina Manique.


Não que me sinta atraído

Pelos salões decadentes,

Por onde coço o umbigo,

Entre senhoras contentes,

E outros irreverentes

Pela norma consentido.



arlindo mota


(Poema inédito criado para participar numa interessante iniciativa comemorativa do Dia de Bocage, na cidade de Setúbal, sujeito ao mote "Pela Norma Consentido", em 1986).

6 comentários:

Artes e escritas disse...

Uma homenagem em acordo com o homenageado, apreciei a leitura. Um abraço, Yayá.

Canto da Boca disse...

Independente da homenagem, a poesia é um passeio pela "história moderna", trazes o cenário político, social, cultural e psicológico. Eu diria que é um "poema antropológico". E ainda contemplar a minha luso-américa, meu Pernambuco querido, na figura do Pina Manique, fiscal da Junta de Administração da Companhia Geral de Comércio de Pernambuco e Paraíba.

Mais um grande poema, Arlindo.

Abraço.

OUTONO disse...

...e o inédito transformou-se em beleza...
Que assim seja...sempre!

arfemo disse...

Para Yayá:

grato pela leitura. abraço


Para Canto da Boca:

Obrigado pela referência ao papel desempenhado por Pina Manique no Brasil e por mais uma leitura de fino recorte analítico como já nos habituaste. obrigado. Abraço.
Arlindo

Para OUTONO,

obrigado pela visita caro amigo e bons momentos para ti....

abraço

Joana disse...

desconhecia essa veia jocosa, repentista. bem apropriada se mais usada...bjs

arfemo disse...

olá Joana,

busquei no baú e achei que o poema se outra arte não tem é um registo histórico interessante...bj