sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

ENTRE ESCOMBROS, TALVEZ…

























procuro nos escombros que inventei

sem conhecer um rosto na voragem

das mágoas e silêncios que guardei

em teus olhos insensíveis à paisagem


um pouco mais além outras paragens

de apetecidos afagos de mãos puras

recriam-se seguros diques de ternura

porto de abrigo apetecido da viagem


tu subindo o mar numa piroga

eu sem saber porque naufrago



arlindo mota

10 comentários:

Anónimo disse...

Uma belíssima forma de expressão. De realçar o ritmo e a construção frásica.

M.G.

Gisa disse...

Gosto do teu ritmo e aprecio a maneira como te expressas.
Um bj

arfemo disse...

Maria G.

grato pela visita e o comentário. bem-vinda à solidão entre a multidão, que é a raiz da actual poesia...

arfemo disse...

Gisa,
a poesia caminha pelas vias conhecidas ou inesperadas: isso nos permite a liberdade de gostar ou não gostar sem obdediências alheias. grato pela companhia. bj

sofia b. disse...

o estilo: com ele me identifico e vou saboreando aqui quando posso. um achado o fecho do poema. bjs

Joana disse...

De acordo com a sofia. Belo para ser lido em voz alta. E o fecho, sim, é um achado poético. beijo

Antober disse...

Feliz devaneio pelo mundo de contra-sensos onde cabe o encantamento mas sobretudo sobressai a nossa incapacidade de entender muitos porquês.
Abraço
Antonius

arfemo disse...

caro amigo Antonius,

apesar de arredio (os motivos são conhecidos)é sempre com imenso prazer que recebo os amigos neste espaço que vou apesar de tudo mantendo...

forte abraço

Eulalia Goncalves disse...

Que lindo..
abç

Vania Lopez disse...

E mantém com a mais fina poesia...verdadeiras rendas aps olhos. Obrigada. bjs daqui